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De que África estamos falando?: a África pelos africanos e a África pelos brasileiros

A proposta do seminário deste ano nasce de uma série de discussões observadas pelo Grupo de Estudos Afro-Amazônico (GEAM) sobre as imagens que nós temos sobre o continente africano. o que se fala, ou se pensa quando o assunto é África? A África dos brasileiros é a mesma dos africanos? Sabemos que não. Contudo, esta afirmativa está longe de mostrar a realidade e a aquisição de um conhecimento real sobre o continente africano. É raro encontramos no Brasil uma pessoa que tenha a noção exata da contribuição africana na formação cultural do povo brasileiro, sobretudo, em relação a dimensão sociocultural e política. Temos até uma imagem não verdadeira, para não dizer, deturpada, das populações que aportaram as costas brasileiras, arrancadas da África e trazidas à força pelo invasor/colonizador europeu. De um modo geral, as informações disseminadas apontam três características que afirmam que o continente americano recebeu: a) escravos negros que vieram como força de trabalho para a economia açucareira e do café; b) escravos negros, pagãos animistas, sem cultura, primitivos e sem civilização; c) e, por fim, tais as populações negras não conseguiram se firmar como civilização, uma vez que nada resta no continente. Mas, as imagens não são tão negativas assim, a África é pensada também de forma poética e romantizada em uma expressão que poderia ser bem mais explorada, mas acaba sendo reducionista: a "mãe África". O continente africano é uma realidade com mais de 54 países, com uma imensa e variada diversidade: política, econômica, social, cultural, religiosa... Este seminário é uma forma de contribuir com este debate colando lado a lado expositores, intelectuais, estudantes, religiosos, professores, militantes do Movimento Negro e a comunidade em geral, discutindo e dialogando essa temática e apresentando suas versões do Continente Africano.  

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